sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Carta aberta ao Sr. Mário Soares, Sr. António José Seguro e a todos os políticos de Portugal

"Sr. Mário Soares,

Sou um cidadão que trabalha, paga impostos, para que o Sr. e todos os restantes políticos de Portugal andem na boa vida.

Há dias, ouvi o Sr, doutamente, nas TV's, a avisar o povo português para que não se pusesse com greves, porque ainda ia ser pior.

Depois ouvi o Sr. António José Seguro, revoltar-se contra os impostos e colocar-se ao lado do povo.

Ouvi o Sr. perguntar onde estava a alternativa ao aumento de impostos, e aqui estou eu para lhe dar a alternativa.

Como o Sr. Mário Soares pediu que alguém lhe desse a alternativa à subida de impostos, aqui lhe deixo 10 medidas que me vieram à mente assim, de repente:

  1. Acabar com as pensões vitalícias e restantes mordomias de todos os ex-presidentes da República (os senhores foram PR's, receberam os seus salários pelo serviço prestado à Pátria, não têm de ter benesses por esse facto);
  2. Acabar com as pensões vitalícias e / ou pensões em vigor dos primeiros-ministros, ministros, deputados e outros quadros (os Srs deputados receberam o seu ordenado aquando da sua actividade como deputado, não têm nada que ter pensões vitalícias nem serem reformados ao fim de 12 anos; quando muito recebem uma percentagem na reforma, mas aos 65 anos de idade como os restantes portugueses - veja-se o caso do Sr. António Seguro que na casa dos 40 anos de idade já tem direito a reforma da Assembleia da República);
  3. Reduzir o nº de deputados para 100 (imaginem o dinheiro que não se poupava em internet naquele Parlamento!?);
  4. Reduzir o nº de ministérios e secretarias de estado, institutos e outras entidades criadas artificialmente, algumas desnecessárias e muitas vezes até redundantes, apenas para dar emprego aos "boys";
  5. Acabar com as mordomias na Assembleia da República e no Governo, e ao invés de andarem em carros de luxo, andarem em viaturas mais baratas, ou de transportes públicos, como nos países ricos do Norte da Europa (no dia em que se anunciou o aumento dos impostos por falta de dinheiro, o Estado adquiriu uma viatura na ordem dos 140 mil € para os VIP's que nos visitarão);
  6. Acabar com os subsídios de reintegração social atribuídos aos vereadores, aos presidentes de Câmara, e outras entidades (multiplique-se o número de vereadores existentes pelo número de municípios e veja-se a enormidade e imoralidade que por aí grassa);
  7. Acabar com as reformas múltiplas, sendo que um cidadão só poderá ter uma única reforma (ao invés de duas e três, como muitos têm);
  8. Criar um tecto para as reformas, sendo que nenhuma poderá ser maior que a do PR;
  9. Acabar com o sigilo bancário;
  10. Criar um quadro da administração do Estado, de modo a que quando um governo mude, não mudem centenas de lugares na administração do Estado.

Com estas simples 10 medidas, a classe política que vai desgraçando o nosso amado Portugal, daria o exemplo e deixaria um sinal inequívoco de que afinal, vale a pena fazer sacrifícios, e que o dinheiro dos portugueses não é esbanjado em Fundações duvidosas, em TGV's, em aeroportos, em obras sumptuosas.

Enquanto isso não acontecer, eu não acredito no Sr. Mário Soares, não acredito no Sr. António Seguro, e não acredito em nenhum político desde o Bloco de Esquerda ao CDS, nem lhes reconheço autoridade moral para dizerem ao povo o que deve fazer.

Em último caso, têm a palavra as Forças Armadas, que têm o ónus de defender o povo português de qualquer agressão externa e / ou interna e que paradoxalmente têm estado em silêncio perante o afundamento de Portugal.

Zé do Povo
Portugal"

Carta que corre os e-mails deste povo pacifico à beira-mar plantado! Se houver alguma informação errada, desde já peço desculpas pelo lapso.

Mário Soares (1924-     ) - Politico português, licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas e em Direito?!, viveu exilado em Paris!? de 1970 a 1974. Primeiro-Ministro de Portugal entre  1976 e 1978 e mais tarde entre 1983 e 1985.  Deputado no Parlamento Europeu entre 1999 e 2004, foi candidato a presidente desse mesmo parlamento, mas perdeu a eleição para Nicole Fontaine, a quem não teve problema em chamar "Dona de Casa" (no sentido pejorativo do termo).

António José Seguro (1962-     ) - Politico português, estudou Organização e Gestão de Empresas mas é licenciado em Relações Internacionais?!, deputado entre 1991 e 1995 (iniciou funções com 29 anos?!), foi Ministro-Adjunto?! entre 2001 e 2002. Foi deputado europeu entre 1999 e 2001, dirigiu o Gabinete de Estudos Nacional do PS de 2002 a 2004. Hoje é presidente da Comissão de Assuntos Económicos, Inovação e Energia?!
 
 
 

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